Na contramão de Bolsonaro, OMS não reduz nível de alerta até existir um controle significativo do vírus

Publicado por: Editor Feed News
14/05/2020 11:30:29
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OMS recusou nesta quarta-feira (13/5), diminuir qualquer nível de alerta, até que o vírus se encontre significativamente controlado, para evitar ressurgimentos.


Por Simone Silva 17:40, 13 Mai 2020


A Organização Mundial de Saúde (OMS) recusou nesta quarta-feira, diminuir qualquer nível de alerta, até que o vírus se encontre significativamente controlado, para evitar ressurgimentos.

 

A declaração foi feita por Mike Ryan, diretor do programa de emergências da OMS, sublinhando que existe um longo caminho a percorrer até à chamada "nova normalidade", disse acrescentando ainda: "A OMS não vai reduzir o nível de alerta até existir um controle significativo de vírus, sistemas de vigilância robustos e sistemas de saúde pública mais fortes", referiu-se na habitual conferência de imprensa diária.

 

O responsável considera essencial "ter vigilância comunitária e estar preparado", mas também ir aplicando determinadas medidas de alívio das restrições, em função da evolução da epidemia na região e da capacidade dos serviços de saúde, para que seja possível reabrir a economia.


O vírus pode nunca desaparecer, disse Ryan passando a fazer parte do conjunto de vírus que todos os anos afetam e matam pessoas em todo o mundo.

 

"Este vírus poderá tornar-se em mais um vírus endémico nas nossas comunidades e pode nunca desaparecer. O HIV nunca desapareceu. Não estou a comparar as duas doenças, mas acho que é importante que sejamos realistas. Não há ninguém que possa predizer quando ou se esta doença vai desaparecer", disse o especialista.

 

Mike Ryan admite que, com a vacina, "talvez exista uma possibilidade de eliminar o vírus mas a vacina terá que ser altamente eficiente e terá que estar disponível para toda a gente, que tem que a tomar. Esta doença pode tornar-se num problema a longo prazo ou poderá não se tornar", afirmou.

 

Uma outra responsável da OMS, María Van Kerkhove, reforçou o discurso do colega, no mesmo briefing, sublinhando que "a saída da pandemia vai demorar" e que as medidas restritiva aplicadas pelos países para reduzir o contágio pelo novo coronavírus, devem ser aliviadas de forma gradual, considerando a situação epidemiológica nas várias regiões, como Ryan já tinha referido.

 

"Os países têm de estar preparados para detectar novos casos e agir rapidamente", disse a responsável, num discurso que vem sendo repetido diversas vezes pelos membros da OMS, numa tentativa de evitar que surjam novos casos de infecção, tal como aconteceu recentemente em países como a China, Alemanha ou Rússia.

 

Fonte: OMS e Sapo.pt

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