Vejamos a diferença entre as investigações sobre a corrupção de Lula e de Bolsonaro.
Lula foi acusado de corrupção passiva.
Lula teve o sigilo bancário quebrado; sigilo fiscal quebrado; sigilo telefônico quebrado; sua casa foi invadida e todos os seus computadores e da sua família (até o tablet do neto) apreendidos; o Instituto Lula invadido e todos os computadores apreendidos; a investigação realizada por empresas de auditoria e pesquisa de renome internacional contratada por Moro para encontrar algo que o implique em qualquer esquema de corrupção antes, durante ou depois do seu governo.
Depois de vários anos de investigação o que Sérgio Moro tem contra Lula:
Bolsonaro é suspeito de participação no assassinato de Marielle e de praticar as "rachadinhas".
Em ambos os casos as investigações estão paralisadas há mais de dois anos. O próprio Bolsonaro pegou os registros de entrada no condomínio onde mora, antes que a polícia pudesse verificar se os assassinos de Marielle estiveram de fato na casa dele antes de praticarem o crime. Não há mais como a polícia verificar o que de fato ocorreu.
As investigações sobre as rachadinhas nos gabinetes de Bolsonaro e dos filhos foram paralisadas até agora. As provas já coletadas já seriam suficientes para mandar toda a família para a cadeia, mas o STF suspendeu as investigações e o Ministério Público pediu para que as provas sejam anuladas.
Contra Lula ainda não há nenhuma prova consistente.
Contra Bolsonaro as provas são abundantes.
Entretanto, as chances de que Bolsonaro e algum de seus filhos respondam por seus crimes é a mesma chance de que o Aécio Neves responda pela mala de dinheiro que recebeu da JBS.
Se o sistema de justiça investigasse Bolsonaro com um centésimo da disposição que teve para investigar Lula, ele certamente não escaparia. Mas, a vontade é apenas de acobertar.
Esse é o Brasil!
Fonte: QUORA/Orfeu Maranhão Moreira Barros
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