Especialista previne sobre excessos e orienta na escolha adequada dos produtos higienizantes disponíveis no mercado.
Controvertida e, muitas vezes, erroneamente relacionada apenas às mulheres com vida sexual ativa, a higiene íntima se revela parte importante da saúde feminina. Considerada pelos médicos como medida preventiva para várias doenças genitais, como as DST – doenças sexualmente transmissíveis, a higiene íntima também é uma coadjuvante importante para a prevenção do câncer de colo uterino.
Por isso, tanto quanto a consulta periódica ao ginecologista, a higiene íntima deve fazer parte da rotina da mulher moderna. E, mais do que um simples banho, a escolha do produto correto é um desafio que se coloca para todas as mulheres, diante da prateleira do supermercado. Segundo a Dra. Flavia Addor, médica dermatologista e diretora técnica da Medcin Instituto da Pele, um dos maiores centros privados de dermatologia do Brasil, antes de escolher um simples sabonete é preciso considerar algumas peculiaridades do corpo feminino. “A higiene íntima é fundamental para que as mulheres se sintam confortáveis e seguras”, afirma a Dra. Flavia, “porém, é preciso muita atenção com produtos que, além de higienizar, acabam por agredir o ambiente vaginal”, complementa.
O uso de produtos íntimos, que facilitam a higiene diária, é a opção mais freqüente entre as mulheres. Porém, alguns deles têm características que podem desequilibrar a flora vaginal, deixando-a mais vulnerável a irritações e infecções. Por isso, é importante observar alguns cuidados:
A higiene íntima, assim como a higiene geral de todo corpo, está relacionada ao bem-estar, conforto, segurança e saúde. Assim, de acordo com o que aconselha a Dra. Flavia Addor, além dos cuidados durante o banho diário deve-se evitar:
- Aplicar desodorizantes nas partes genitais;
- Usar roupas íntimas apertadas e sem ventilação. Preferencialmente use sempre peças de algodão;
- Ao lavar as roupas íntimas, tenha sempre um cuidado extra em remover resíduos de sabões e amaciantes. Eles podem ser causas freqüentes de reações irritativas ou alérgicas nesta área.
Por Dra. Flavia Addor
Médica dermatologista, membro efetivo Sociedade Brasileira de Dernatologia (SBD)
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