Estudo descobre ligação entre ressonar e maior risco de câncer

Publicado por: Editor Feed News
30/12/2022 15:04:58
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Cortesia Editorial Pixabay/iStock
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Resulta de um som originado pela vibração do palato e das paredes da faringe. O ressonar não constitui apenas um incómodo do ponto de vista conjugal e social, mas pode também ser a fase inicial da síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS), o que leva muitas pessoas a procurar ajuda médica.
 

Ressonar não é só incómodo — pode também estar associado a mais problemas de saúde. De acordo com um mega-estudo apresentado no Congresso Internacional da Sociedade Europeia da Respiração, quem sofre de apneia obstrutiva do sono (AOS) tem um maior risco de desenvolver câncer. Apesar de nem toda a gente que ressona sofrer desta apneia, o ressonar é um dos principais sintomas da doença.

 

A AOS é um distúrbio comum que afeta entre 7% e 13% da população, estando caracterizada pela obstrução parcial ou completa das vias respiratórias superiores durante o sono. Quem tem excesso de peso, é diabético, fuma ou consome álcool em excesso tem um maior risco de desenvolver AOS.

 

Já se sabia da ligação entre a AOS e o câncer, mas este é o primeiro estudo a determinar que a relação é causal e não apenas uma correlação, independentemente de outros fatores, escreve o SciTech Daily.

 

Os cientistas analisaram os dados de 62 811 pacientes cinco anos do início do seu tratamento para a AOS, na Suécia. Entre Julho de 2010 e Março de 2018, os pacientes foram tratados e estes dados foram depois ligados aos do Registo Nacional de Câncer e aos dados socioeconómicos da Suécia.

 

2093 pacientes com um diagnóstico de câncer até cinco anos depois do diagnóstico de AOS foram comparados a um grupo de controle igualmente com 2093 pacientes com AOS, mas sem câncer.

 

Os cientistas também mediram a severidade da AOS e concluíram que os os pacientes com câncer tinham uma AOS ligeiramente mais severa e que a privação de oxigénio durante o sono causada pela obstrução das vias respiratórias está diretamente associada a um maior risco de câncer.

 

“As conclusões deste estudo reforçam a necessidade de se considerar a apneia de sono que não é tratada como um fator de risco para o câncer e os médicos têm estar cientes desta possibilidade quando tratam os pacientes”, escrevem os autores.

 

Os autores querem agora aumentar a amostra e seguir os participantes durante mais tempo num estudo futuro que se debruçará sobre a potencial influência dos tratamentos à apneia na incidência do câncer e na taxa de sobrevivência.

 

Para além desta pesquisa, foi ainda apresentado no Congresso um estudo que concluiu que a AOS está ligada a uma maior quebra nas capacidades de processamento do cérebro nos mais velhos, especialmente para os homens e para quem tem mais de 74 anos. Outra pesquisa revelou ainda que os pacientes com esta apneia têm um risco acrescido de desenvolver coágulos sanguíneos nas veias.

Com informações da Agencia Luso

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