Nova lei de recrutamento, a Rússia quer tornar mais difícil aos jovens fugir à mobilização militar. Quem o fizer, sofrerá várias represálias.
A Rússia facilita o recrutamento de novos soldados para a guerra na Ucrânia. A câmara baixa do parlamento russo, aprovou em tempo recorde um projeto de lei sobre documentos militares eletrónicos.
O que acontece atualmente é que os potenciais recrutas recebem a convocação em papel, entregue em mão em casa ou no local de trabalho. No entanto, os recrutadores têm encontrado dificuldades em entregar os documentos em mão.
Diante disso, após a aprovação da nova lei, as convocações passam a ser enviadas eletronicamente não para o individuo mas para um dos principais portais do Governo, o sistema Gosouslougy. A convocação é considerada entregue assim que chega à conta da pessoa em questão.
Dessa forma, assim que a convocatório é enviada — "e tecnicamente recebida" —, a pessoa fica proibida de deixar o país, escreve a Euronews. A ideia é tornar mais difícil aos russos evitarem ser mobilizados para o exército.
“Um cidadão que possa ser mobilizado será considerado desertor se tiver recusado receber uma convocação ou se não puder ser contactado”, informa a Câmara. Estão ainda previstas pesadas penas de prisão para quem ajudar potenciais recrutas a fugir.
Ainda assim, confrontando com o assunto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, assegurou que “não haverá uma segunda vaga” de mobilização. Peskov sublinha que a mudança era “absolutamente necessária” para “aperfeiçoar e modernizar” o atual sistema.
A nova lei também visa os russos que fugiram da convocação. Estes serão proibidos de vender, transferir para familiares ou alugar as suas casas. Além disso, segundo a Euronews, também não serão autorizados a vender os seus carros.
Por fim, deixarão de poder trabalhar como empresários ou trabalhadores por conta própria, receber empréstimos ou registrar casas e carros se não se apresentarem 20 dias após a convocatória para mobilização militar.
Com informações LUSO/ZAP
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