Como se previa o ChatGPT já causa estragos nas empresas.

Publicado por: Editor Feed News
05/05/2023 13:15:19
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Cortesia Editorial Pexels
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Setor educativo é a primeira vítima

 

A Chegg Inc., empresa que oferece serviços de apoio à educação, viu na passada semana as suas ações despencarem para quase metade. Crescimento do ChatGPT está progressivamente tornando a sua atividade obsoleta.

 

ChatGPT começa a registrar "vítimas" no mundo empresarial e os serviços de educação parecem ser os primeiros alvos.

 

Ao gerar rapidamente texto altamente aprimorado, a ferramenta grátis e de fácil acesso começa a ser a favorita dos estudantes para concluir tarefas escolares, face a uma lenta resposta humana oferecida pelos serviços de apoio à educação.

 

Chegg, empresa que oferece serviços de apoio ao trabalho de casa e aluguer de manuais, serviu de exemplo e viu cair as suas ações em 47% na semana passada. Teme-se agora que o núcleo do negócio da empresa se extinga.

 

“No início deste ano não vimos nenhum impacto do Chat GPT”, confessa o CEO da empresa americana, Dan Rosensweig, que descreve uma mudança drástica registrada há dois meses.

 

“Desde março, vimos um aumento significativo no interesse dos alunos no ChatGPT. Acreditamos que está a ter um impacto na nossa taxa de aumento de consumidores”, sublinha o CEO da empresa, fundada em 2005.

 

Esta quarta-feira, segundo o estrategista de negócios, Linas Beliunas, tanto as receitas líquidas como a margem de lucros da empresa americana caíram 92% quando comparadas ano a ano. Se as perdas continuarem a verificar-se, a empresa perderá, de acordo com a Reuters994 milhões de dólares em capitalização de mercado.

 

Segundo o Financial Times, o analista da Citigroup, Tom Singlehurst, afirma que o ChatGPT pode replicar completamente o serviço oferecido pela Chegg.

 

A empresa sediada na Califórnia anunciou recentemente o lançamento do seu próprio produto IA – CheggMate – destinado a ajudar alunos a fazer o trabalho de casa. O produto será construído em colaboração com a Open AI, que desenvolveu…o ChatGPT. Paira ainda, no entanto, a dúvida se esta ferramenta será suficiente para travar a queda da empresa.

 

O mesmo fenómeno começou a acontecer com a empresa rival da Chegg, Pearson PLC, cujas ações caíram cerca de 15% na semana passada. A quebra registou-se, ainda segundo o Financial Times, noutras plataformas de aprendizagem como a Duolingo (queda de 10%) e a Udemy (mais de 5%).

 

Apesar da quebra, o chefe executivo da Pearson, Andy Bird, acredita que o ChatGPT não representa uma ameaça, mas antes uma oportunidade lucrativa para a empresa, conta à Financial Times.

 

“O resultado obtido dos modelos IA geradores de texto depende da qualidade da informação que os alimenta, e nós temos informação muito rica e pura que nos permite obter melhores resultados quando inserida em modelos IA”, afirma Bird.

 

Em entrevista à CNBC, Rosensweig apontou algumas lacunas do ChatGPT, afirmando que o programa falha ao não apresentar respostas corretas e concretas, um problema descrito como ‘alucinação’ no mundo académico.

 

“Os estudantes não se podem enganar quando fazem o trabalho de casa ou quando aprendem coisas. O ChatGPT está constantemente errado e não vai estar correto tão cedo”, dispara o CEO da Chegg.

 

A revolução da inteligência artificial generativa promete facilitar a nossa vida em vários aspectos, mas também esconde muitos perigos — e alguns até fatais.

 

Com informações da Agência Planeta   ZAP 

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