Aspirina e Câncer: O Potencial Surpreendente de um Medicamento Familiar

Publicado por: Editor Feed News
26/04/2024 21:34:37
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Cortesia Editorial Pixabay
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Mecanismos Celulares: Como a Aspirina Influencia o Crescimento e a Metástase do Câncer

 

Novas pesquisas revelam que a administração de aspirina está associada a uma redução das metástases nodais e a uma maior ativação das células imunes antitumorais em pacientes com câncer colorretal.

 

Um estudo recente destaca o potencial da aspirina no tratamento do câncer, especialmente ao fortalecer o sistema imunológico para combater certos tipos de câncer, como o câncer colorretal, que tem visto um aumento significativo nos últimos anos.

 

Um extenso conjunto de estudos, incluindo uma pesquisa proeminente da Universidade de Harvard, sugere que o uso regular de doses baixas de aspirina pode reduzir o risco de câncer colorretal em cerca de 11% e o risco de câncer gastrointestinal em 8% anualmente nos Estados Unidos.

 

Apesar dessas descobertas promissoras, os mecanismos precisos pelos quais a aspirina impacta o crescimento e as metástases do câncer colorretal ainda não estão totalmente esclarecidos, devido à dificuldade em obter dados abrangentes a longo prazo.

 

Uma nova pesquisa abordou essa questão, analisando registros clínicos e patológicos de 238 pacientes com câncer colorretal tratados entre 2015 e 2019. Entre esses pacientes, 31 eram usuários regulares de aspirina, tomando 100 mg do medicamento diariamente.

 

Este grupo, conhecido como coorte METACCRE, foi submetido a análises detalhadas, com foco em linfócitos infiltrantes de tumor (TILs), imunohistoquímica e dados de mutação. Outros dados foram obtidos de um subconjunto de 130 pacientes da coorte IMMUNOREACT1, que se concentrou em imunohistoquímica e citometria de fluxo revela a New Atlas.

 

Os resultados mostraram que o uso regular de aspirina estava associado a uma redução das metástases nodais e a uma maior presença de TILs - células T e B capazes de reconhecer e destruir células cancerígenas.

 

Especificamente na coorte IMMUNOREACT1, os pacientes que tomavam aspirina apresentavam uma expressão significativamente maior de CD80 epitelial, uma proteína crucial para a ativação das células imunes antitumorais, mesmo na mucosa retal saudável - uma área que não se esperava ser afetada pela aspirina, dada sua baixa biodisponibilidade nessa região.

 

Assim, a aspirina pode desempenhar um papel duplo na prevenção e tratamento do câncer. Além de inibir a inflamação, parece aumentar a capacidade do sistema imunológico para reconhecer e atacar as células do câncer colorretal, limitando a propagação do tumor e potencialmente servindo como uma valiosa ferramenta de imunoterapia.

 

Essa pesquisa sugere que o impacto da aspirina no câncer pode ser mais amplo do que seus conhecidos efeitos anti-inflamatórios, destacando a importância de otimizar sua administração no trato colorretal para maximizar seus benefícios anticâncer.

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