Não é previvivel que a guerra termine com uma parada militar – nem em Moscovo, nem em Kiev.
A guerra na Ucrânia há-de acabar, mas não vai ser com uma parada militar. Isso não vai acontecer, nem em Moscovo, nem em Kiev.
O comentário foi do chefe dos serviços de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia Kyrylo Budanov.
Em entrevista ao The Economist, Budanov disse: “Entendemos que não terminaremos a guerra com uma parada da vitória em Moscovo. Mas Moscovo nunca deveria esperar realizar essa reunião em Kiev”.
O responsável afirmou que as forças militares ucranianas querem romper o corredor terrestre até à Crimeia ainda em 2023.
A Ucrânia já utilizou parte das suas reservas militares nesta contra-ofensiva mas, alega Budanov, a Rússia já não tem qualquer reserva estratégica.
Ainda a nível militar, Budanov reconheceu que os recursos humanos da Rússia são “ilimitados” mas, apesar da quantidade elevada, a “qualidade é baixa“.
Nesse contexto, o chefe dos serviços secretos acredita que os recursos da Rússia estão a esgotar-se. E o Kremlin ficará mesmo sem armas em 2026, “talvez antes” – prova disso, continua Budanov, é a necessidade atual da Rússia de procurar armas noutros países (China, Coreia do Norte, por exemplo).
Antes, há algo essencial na Rússia que vai quebrar: a economia russa, em 2025.
No entanto, o responsável admite que a Ucrânia também corre o risco de ficar sem recursos; e que é mais dependente de outros países.
Kyrylo Budanov rejeita a ideia de o Ocidente travar em breve o apoio à Ucrânia: “Os armazéns ocidentais estão longe de ficar vazios”.
Com informações da Agência ZAP (PT)
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