A marinha russa não consegue se defender da Ucrânia

Publicado por: Editor Feed News
09/10/2023 19:47:09
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Ministério da Defesa da Rússia / Wikipedia
Ministério da Defesa da Rússia / Wikipedia

A Rússia deslocou grande parte da sua Frota do Mar Negro, depois de ter sido severamente atacada por forças ucranianas.

 

Segundo um canal no Telegram com ligações ao Kremlin, a mudança é desconfortável, mas necessária. Mas muitos nacionalistas russos têm dificuldade em aceitar a ideia.

 

Uma conta russa no Telegram, de linha-dura e que defende a guerra de Putin na Ucrânia, admitiu que a Frota do Mar Negro não se conseguia defender das forças ucranianas e teve de recuar.

 

Num post publicado esta sexta-feira no Telegram, Rybar, um blogger anónimo que terá alegadamente ligações ao Kremlin, considera que as notícias do recuo da frota russa são “uma pílula difícil de engolir”.

 

“Embora seja difícil de aceitar, a Frota do Mar Negro não consegue neste momento assegurar completamente a sua segurança”, escreveu Rybar. “Enquanto o inimigo tiver acesso ao mar e a aviação da NATO estiver calmamente a enviar drones e mísseis por lá, o perigo permanecerá”, acrescentou.

 

O post referia-se a uma série de ataques ucranianos bem-sucedidos que forçaram a Frota do Mar Negro a deslocar muitos dos seus navios para longe da sua base em Sevastopol, na Crimeia, para águas mais seguras.

 

Imagens de satélite da última semana mostraram que pelo menos 10 navios russos foram transferidos para a cidade portuária de Novorossiysk, disseram analistas do respeitado Institute for the Study of War. Segundo o Insider, outros navios foram deslocados para Feodosia, um porto no lado oriental da Crimeia.

 

Entre estes navios contam-se as fragatas Admiral Makarov e Admiral Essen, bem como submarinos de ataque da classe Kilo e navios de patrulha.

 

Na publicação do Telegram, Rybar também procurou minimizar a importância da mudança, argumentando que era “perfeitamente razoável”, e que este movimento não diminuía a capacidade da Rússia de disparar mísseis a partir dos seus navios em direção à Ucrânia.

 

Além disso, acrescenta Rybar, o controlo da Rússia sobre a Crimeia não passava a ser menos seguro depois de grande parte da frota ter partido da região — uma avaliação que alguns analistas contestam.

 

Num briefing de inteligência apresentado na segunda-feira, o Ministério da Defesa do Reino Unido considerou que terão sido provavelmente as ameaças de novos ataques ucranianos a levar a Rússia a deslocar as suas operações.

 

Embora o poder naval da Rússia seja significativamente maior do que o da Ucrânia, tem enfrentado repetidamente problemas contra os drones marítimos explosivos da Ucrânia e, mais recentemente, com ataques por mísseis de cruzeiro.

 

Com informações da Agência Planeta ZAP (PT)

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