O presidente da Argentina, Javier Millei, enviou uma carta oficial aos chefes de Brasil, China, Rússia, África do Sul e Índia com a recusa oficial do país em aderir à aliança BRICS. A publicação local Infobae escreve sobre isso .
“Gostaria de informar que nesta fase a inclusão da República Argentina no BRICS como membro pleno a partir de 1º de janeiro de 2024 não é considerada oportuna”, afirma a carta.
A decisão sobre a adesão da Argentina ao BRICS foi tomada na reunião da aliança na África do Sul, em Novembro. Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos também receberam convites.
A expansão do BRICS para 11 membros foi aprovada por iniciativa da China, que busca dar peso global à organização. Além disso, a RPC insistiu particularmente na aceitação da Argentina, enquanto o Brasil e a Índia se opuseram.
O novo presidente da Argentina, Javier Millei, opõe-se à reaproximação com a China e condena a invasão russa da Ucrânia, ao contrário de paises como o Brasil.
“Não haverá acordo com os comunistas”, respondeu Miley no dia anterior, numa conferência de imprensa, quando lhe pediram que confirmasse se a Argentina realmente abandonaria os BRICS.
A relutância em ingressar na organização, que inclui China e Rússia, foi declarada no início de dezembro por Diana Mondino, na época futura ministra das Relações Exteriores da Argentina.
A recusa da Argentina em aderir aos BRICS indica uma inversão geopolítica do governo, que condena as ditaduras de Cuba, Nicarágua e Venezuela, insiste num novo acordo comercial com a União Europeia e declara que pretende aderir à OCDE, sublinha a publicação.
Com informações da LIGA NET
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