Longevidade mapa revela disparidades: Porto Alegre e Belo Horizonte no Topo

Publicado por: Editor Feed News
26/03/2024 11:45:08
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Agencia Brasil
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Desigualdade escancarada: Investimentos em políticas públicas em questão

 

A discrepância na expectativa de vida entre as capitais brasileiras é alarmante, variando em até 15 anos, com uma média de 57 a 72 anos ao morrer. Por exemplo, os residentes de Belo Horizonte ou Porto Alegre desfrutam de uma expectativa de vida em torno dos 72 anos, enquanto aqueles em Boa Vista enfrentam uma realidade muito mais sombria, com uma média de apenas 57 anos.

 

Estes dados reveladores são parte do primeiro Mapa da Desigualdade entre as capitais do Brasil, recentemente divulgado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) em São Paulo. Este estudo inovador compara 40 indicadores em áreas cruciais como educação, saúde, renda, habitação e saneamento, sublinhando a marcante disparidade que caracteriza o Brasil como uma nação profundamente desigual.

 

O coordenador geral do Instituto, Jorge Abrahão, destaca a importância desses dados, ressaltando que eles refletem os investimentos - ou a falta deles - em políticas públicas. Questões como saneamento inadequado, habitação precária e deficiências na saúde e na educação contribuem significativamente para essas disparidades alarmantes.

 

Um indicador particularmente revelador é o acesso ao saneamento básico: enquanto 100% da população de São Paulo é atendida, em Porto Velho, apenas 5,8% desfrutam desse serviço essencial. No entanto, Abrahão observa que mesmo em cidades aparentemente bem-sucedidas como São Paulo, existem áreas onde esses serviços falham em atender às necessidades dos residentes, mostrando que os dados oficiais nem sempre contam toda a história.

 

A fonte desses dados é variada, incluindo instituições governamentais como IBGE, DataSUS e Inep, bem como organizações não governamentais. Essa análise destaca que, embora algumas capitais, como Curitiba, possam se destacar, ainda existem desafios significativos a serem enfrentados.

 

O contraste entre as melhores e piores colocadas no ranking ressalta ainda mais a desigualdade regional, com as capitais do Sul e Sudeste liderando o caminho em comparação com as do Norte. Essa discrepância reforça a necessidade urgente de políticas públicas voltadas para áreas onde a desigualdade é mais prevalente.

 

Abrahão enfatiza que essas disparidades sociais estão intrinsecamente ligadas à economia do país e que resolver essas desigualdades é essencial para impulsionar a produtividade e o desenvolvimento nacional. Com as eleições municipais de 2024 no horizonte, ele insta os cidadãos a considerarem cuidadosamente esses indicadores ao escolher seus representantes locais, destacando a importância de enfrentar e resolver os problemas que afetam diretamente a qualidade de vida de milhões de brasileiros.

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